Em Fortaleza, previsão para a disputa é de dois turnos / Reprodução

As eleições municipais de Fortaleza deste ano tem uma característica ímpar.

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Serão disputadas por dois antigos grandes blocos políticos, que se dividiram nos últimos anos.

A lembrar: havia um grupão que controlava os palácios do Bispo e da Abolição, a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal de Fortaleza.

Desde 2022, pelo menos dois subgrupos, embora lulistas, em Brasília, vêm atuando em carreira solo no Ceará.

Na Capital, lançarão José Sarto (PDT) e Evandro Leitão (PT).

Do outro lado, estava o grupo que orbitou o governo Jair Bolsonaro (PL).

Deste saíram três candidaturas: Capitão Wagner (União Brasil), André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (Novo).

Numa conta de padaria, cada grande raia ideológica tem condições de colocar um de seus representantes no segundo turno.

Ou seja: por essa tese, irá para o segundo round um nome do antigo bloco PT-PDT e outro do UB-PL-Novo.

Eis a grande expectativa da disputa que se aproxima.

O que será mais desafiador?

Derrotar adversários tradicionais, com os quais nunca se teve aproximação política, ou ir para cima de ex-aliados?

Por que isso é importante? Simples: com três ou quatro nomes com chances reais de passarem para a etapa seguinte da disputa, torna-se estratégico saber quem atacar agora.

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O PDT do prefeito e pré-candidato à reeleição, José Sarto, e o PT de Evandro Leitão são aliados no Congresso Nacional.

Desse ponto de vista, é legítimo, mas não há muito o que fazer. Fortaleza é prioridade absoluta do PT nacional.

Tomar essa posição e o principal cabo eleitoral do País não vir não faz muito sentido.

Melhor do que torcer para a tempestade não vir, quando a brisa já sopra do horizonte, é procurar se proteger.

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