Mais da metade das pessoas de 25 anos ou mais não completaram o ensino médio / Gabriel Jabur/Agência Brasília

O Ministério da Fazenda transferiu R$ 6,1 bilhões para o fundo que custeará a Poupança de Incentivo à Permanência e Conclusão Escolar para Estudantes do Ensino Médio público, apelidada de Pé-de-Meia.

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A autorização para o repasse do montante foi publicada no Diário Oficial da União, desta quinta-feira, 28, sendo reforçada por meio de um anúncio feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana.

“O fundo que vai custear a poupança de incentivo à permanência e conclusão para os estudantes mais vulneráveis do ensino médio”, declarou Camilo.

O ministro aponta que menos da metade dos estudantes em situação de vulnerabilidade econômico-social consegue conquistar o diploma do ensino médio, o que justifica o investimento federal nestes jovens.

“São recursos para combater o abandono escolar e a evasão nessa etapa tão importante para os nossos jovens brasileiros”.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – Educação de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que mais da metade das pessoas de 25 anos ou mais não completaram o ensino médio no Brasil.

Entre os jovens de 18 a 24 anos, quase 75% estavam atrasados ou abandonaram os estudos, sendo que 11,0% estavam atrasados e 63,5% não frequentavam escola e não tinham concluído o ensino obrigatório.

Entenda o pé-de-meia
O acesso dos estudantes ao benefício depositado na poupança é condicionado ao cumprimento, por parte do aluno:
– da frequência de, pelo menos, 80% das horas letivas;
– aprovação ao fim de cada ano;
– matrícula na série seguinte, quando for estudante do primeiro ou do segundo ano do ensino médio;
– participação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para aqueles matriculados na última série do ensino médio.

A poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar não será considerada para fins de cálculo da renda familiar para acesso a outros benefícios sócio- assistenciais, como o programa Bolsa Família.

Em dezembro, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei (PL) que cria a bolsa do programa e o documento já foi enviado para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O valor do auxílio por aluno e a abrangência ainda serão definidos pelo governo federal.

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