Gestora criticou operação e denunciou que casa foi invadida / Divulgação

A prefeita de Canindé, Rozário Ximenes (Republicanos), é alvo de operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).

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O órgão apontou a suposta participação da gestora em esquema de superfaturamento de contratos de prestação de serviços de limpeza pública na cidade.

A ação envolveu também empresários da região, servidores e secretários, dentre eles o titular da pasta de Obras e Infraestrutura, Luis Victor Cordeiro Marinho Cruz.

Segundo a denúncia recebida pelo MPCE, a Prefeitura de Canindé estaria pagando valores acima do mercado às empresas responsáveis pela limpeza pública da cidade.

Os serviços ainda estariam causando danos ambientais em regiões do município.

Apreensão
Ao todo, a Polícia Civil realizou, nesta quinta-feira, 11, cerca 12 mandados de busca e apreensão em residências, sedes da Prefeitura de Canindé e das empresas investigadas.

Durante a ação, foram apreendidos mais de R$ 105 mil em espécie.

Além disso, policiais coletaram celulares, computadores, armas de fogo, munições e documentos relacionados aos contratos investigados.

Se acusados, os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, falsidades material e ideológica.

Resposta
Em nota, a prefeita de Canindé, Rozário Ximenes, fez críticas a operação.

Segundo a gestora, no mandato há oito anos, a operação é fruto de “denúncias infundadas” de pessoas que “não buscam o fortalecimento das instituições e da população canindeense”.

Rozario afirmou ainda que se colocou à disposição das autoridades, respondendo a todos os questionamentos e entregando documentação exigida.

Para a gestora, não há motivação que justifique a “tamanha pirotecnia” da investigação

“Informo que nada encontrarão, pois tudo sempre foi pautado na legitimidade dos atos”, defendeu a prefeita.

Em outro trecho, Rozário denunciou que sua casa foi invadida “como se fosse uma operação de guerra”, onde teve roupas íntimas revistadas e funcionários amedrontados.

“Nada existe, mas, indignação, principalmente, pelo fato de sempre ter me colocado à disposição das autoridades, pelo que não necessitaria tal ato”, escreveu.

Segundo Ximenes, a única prova apreendida foi um cofre com óculos e um registro do imóvel.

Ao final, a chefe do Executivo municipal qualificou as operações como “descabidas, despropositadas e injustificáveis”.

“Em pleno ano eleitoral, levam à descredibilidade dos órgãos investigativos, e demonstram despreparo para apurar de maneira que preservem as instituições”, disparou Ximenes.