Dirigente foi acusado de “conflito de interesses” pelo partido de Lula / Reprodução/REUTERS

O Partido dos Trabalhadores (PT) deve ingressar ação popular na Justiça contra o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

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O movimento será feito, nesta quarta-feira, 19, no mesmo dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nesse encontro, membros do Banco Central decidirão sobre se corta ou mantém a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 10,5% ao ano.

A presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) ainda participa, nesta quarta, de live com o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann.

A transmissão se inicia às 18 horas, período previsto para o anúncio do Copom sobre novo patamar de juros.

Crítica direta
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar publicamente Campos Neto pela gestão da política monetária.

O petista afirmou, em entrevista, nesta terça-feira, 18, que o chefe da autoridade monetária trabalha para prejudicar o país e tem lado político.

“Um presidente que não demonstra capacidade de autonomia, tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muita mais para prejudicar o país do que para ajudar o país”, afirmou o chefe do Executivo federal.

Além disso, Lula teria concordado que a gestão de Campos Neto é influenciada por pretensões eleitorais.

“Nós vamos repetir o [Sergio] Moro? O presidente do BC está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? Com o rabo preso a compromissos políticos?”, disparou Lula.

A fala vem após Campos Neto ter ganhado, na semana passada, homenagem na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).

Na ocasião, o chefe do BC recebeu elogios do governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).