Desde o início do século XX, quando Fortaleza começou a crescer exponencialmente, encontrar a melhor forma de administrá-la se mostrou um grande desafio.
Siga o Poder News no Instagram
A partir da década de 1930, embalada pelo discurso da modernidade, tivemos a criação dos primeiros distritos administrativos, representando as regiões que hoje se identificam como: Aerolândia, Mondubim, Parangaba, Messejana, Antônio Bezerra e Centro.
O modelo perdurou sem grandes mudanças até a década de 1990 e foi ampliado por Juraci Magalhães. Nos anos 2000, Luizianne Lins modernizou, investiu e reforçou as prerrogativas do formato.
Até o final da gestão do PT, as regionais funcionavam de fato como subprefeituras, com autonomia orçamentária, descentralização administrativa e proximidade com as reais demandas da população.
A partir de 2013, Roberto Cláudio e, posteriormente José Sarto, imprimiram uma nova marca – esvaziando as Regionais de suas competências e concentrando a administração em uma única secretaria.
O resultado todos já sabem: a sociedade não conhece seus gestores e, consequentemente, não se identifica com as Regionais.
As doze secretarias que existem atualmente estão distantes das demandas comunitárias e desconectadas com os desafio de uma metrópole em plena expansão.
É preciso repensar esse desenho e apostar em um novo formato que atenda, resolva e esteja presente na vida do nosso povo.
Acrísio Sena é historiador