
A Meta cortou recursos para checagem de fatos no aplicativo WhatsApp. Segundo checadores brasileiros ouvidos pela Folha, o corte nos contratos passa de 30% em alguns casos.
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As agências de checagem fazem verificações de fatos na plataforma de mensagens a partir de denúncias de usuários sobre informações falsas. Mas os checadores afirmam que foram comunicados sobre cortes nos valores de seus contratos para 2024. As eleições municipais brasileiras serão realizadas em outubro.
Especialistas apontam que boa parte da desinformação eleitoral circula por WhatsApp, principalmente nos grupos públicos, aqueles que podem ser acessados por links abertos.
O WhatsApp lançou no ano passado canais reunindo um número ilimitado de seguidores e que permitem a distribuição massiva de mensagens, inclusive com áudios e enquetes. O recurso é semelhante aos canais do Telegram.
A Meta teria alegado dificuldades da empresa ao informar sobre o corte em checagem de fatos no WhatsApp. Entre novembro de 2022 e maio de 2023, a empresa demitiu milhares de funcionários.
No ano passado, porém, a empresa obteve lucro líquido de US$ 39,1 bilhões, alta de 69% em relação a 2022. Segundo os checadores, seus contratos com o Facebook não sofreram cortes. Mas não tiveram reajustes, nem pela inflação, desde 2021.
Em comunicado, o WhatsApp afirmou manter os investimentos este ano.
“O WhatsApp tem orgulho de ser parceiro de mais de 50 organizações de verificação de fatos, inclusive no Brasil, que usam produtos do WhatsApp para fornecer uma maneira para as pessoas fazerem perguntas sobre possíveis informações falsas. Somos o primeiro aplicativo de mensagens a ajudar as organizações de checagem de fatos e vamos continuar esses investimentos este ano.”