Instituído no Brasil em 1997, o instituto da reeleição segue abrindo divergências entre analistas e a própria fauna política nacional.
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Uns consideram o direito de disputar mais quatro anos sem deixar o mandato um fator que desiguala as condições do pleito; outros avaliam que a previsão legal é uma espécie de reconhecimento aos bons governos e gestores.
Mas apenas estar na cadeira não garante voto na urna. É preciso boa articulação partidária, para a formatação de uma plataforma política consistente.
Outro ponto é a entrega de bons resultados, envelopados em uma comunicação competente.
O encaliçado eleitor costuma subir a régua para candidatos à reeleição. O pretendente teve três anos e meio no comando da máquina.
Querer mais quatro anos de mandato entregando pouco e prometendo muito não costuma ter futuro.
Histórico
No último pleito municipal (2020), o índice de reeleição dos chefes de Executivo local em todo o Brasil chegou a 63%.
Ou seja, quase quatro prefeitos de cada dez gestores viram virar pó as chances de seguirem no comando das respectivas cidades.
Outros índices, ainda mais preocupantes para prefeitos pré-candidatos:
Em 2016, a taxa de reeleição foi menos da metade: 46,4%; quatro anos antes (2012), chegou a 55,4%.
Nas eleições de 2008, houve 68,8% de reeleições. Em 2004, 57,8%.