As universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) vão continuar em greve.
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As entidades que coordenam a greve afirmaram, nesta sexta-feira, 24, que não pretendem assinar um acordo com o governo federal.
A proposta foi enviada, na última segunda-feira, 20, pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Sem o acordo, a greve se prolonga por mais uma semana.
Ainda, as entidades cobraram a continuidade das negociações.
O Governo Federal informou, na quarta-feira (22), que estavam encerradas as negociações com os professores das universidades e institutos federais.
Segundo o texto, o próximo encontro marcado para segunda-feira, 27, seria para assinatura de acordo sem recepção de novas contrapropostas.
O MGI argumenta que as propostas são finais, visto que foram formuladas após cinco rodadas de negociação com as entidades.
A postura foi vista como “intransigente” e “unilateral” pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes)
“Queremos seguir conversando com o governo federal e entendemos que há, sim, espaço no orçamento deste ano para comportar, não só as demandas remuneratórias, mas sobretudo a recomposição de investimentos nas instituições federais de ensino superior”, declarou o presidente da entidade, Gustavo Seferian.
Professores e técnicos administrativos do ensino superior federal estão em greve desde o dia 15 de abril.
Segundo balanço do Andes, a greve continua em 59 universidades e mais de 560 colégios federais.
Desacordo
O governo enviou, em maio, proposta de aumento de 13,3% a 31% nos salários dos servidores da educação superior, até 2026.
Os reajustes, entretanto, só começariam a ser aplicados em 2025.
Os índices de reajuste deixarão de ser unificados e variarão com base na categoria.
Os que ganham mais terão o aumento mínimo de 13,3%. Quem recebe menos ganhará o reajuste máximo de 31%.
Com o reajuste linear de 9% em 2023, o aumento total ficará entre 28% e 43% no acumulado de quatro anos.
Um dos questionamentos da categoria é que a proposta não prevê nenhum reajuste este ano.
Em contraponto, o governo ofereceu, neste ano, auxílio alimentação de R$ 1 mil – 150% acima ao oferecido no governo anterior.