
A pesquisa “Mandatos ativistas no Brasil: um diagnóstico” traz os desafios enfrentados por mandatos parlamentares procedentes de movimentos sociais.
Siga o Poder News no Instagram.
Panorama foi lançado no último dia 31 de julho pela organização Nossas com apoio da Luminate.
Segundo levantamento, entre os respondentes, 64,5% apontaram a violência política como o maior empecilho à permanência na esfera pública.

O levantamento ouviu mais de 30 mandatos eleitos por nove partidos, em 11 estados, e com atuação nas esferas municipal, estadual e federal.
O recorte focou nos mandatos oriundos de movimentos sociais e comunitários e que estão no primeiro ciclo de quatro anos de legislatura.
A maioria dos mandatos entrevistados (67,7%) é formada por vereadoras/es.
Saiba mais
A pesquisa traz relatos de agressões, assédios e ataques, tanto dentro das casas legislativas quanto nas ruas.
O levantamento ainda aborda métodos de trabalho, dificuldades na governabilidade e caminhos para lidar com os desafios.
Do total de mandatos ouvidos no levantamento, 80,6% são novos nas casas legislativas.
De acordo com o levantamento, 46,7% dos entrevistados apostam em iniciativas que envolvem a opinião pública e ampliam a participação.
As pautas trabalhadas por esses mandatos trazem inovação em discussões como o enfrentamento ao racismo, povos e comunidades tradicionais e direito à cidade.
Segundo estudo, outras pautas ganham nova perspectiva, pois partem de pessoas que experienciam vulnerabilidades cotidianamente.
Diagnóstico
A idealizadora da pesquisa é Áurea Carolina, ativista e atual diretora-executiva do Nossas.
Para ela, “realizar um diagnóstico de mandatos ativistas é criar ferramentas para que a sociedade esteja, cada vez mais, representada de forma mais jus
“Não basta eleger, é preciso que toda a sociedade – partidos, instituições, organizações e pessoas – apoie o trabalho e a permanência desses mandatos”, informou a ex-vereadora.
Germana Accioly, coordenadora e redatora da pesquisa, destaca que “vencer a corrida da campanha e chegar às casas legislativas é um feito para quem vem de movimentos sociais”.
A jornalista analisa que a maioria dos mandatos ativistas, compreende que é necessário transformar as relações de representação política.
“Contudo, uma espécie de resistência do modelo tradicional às novas práticas se mostra um obstáculo importante a ser trabalhado”, pontua.
Acesse o levantamento completo em: https://bit.ly/mandatosativistas