
O Intersolar Summit Brasil Nordeste, um dos mais completos eventos da região envolvendo geração solar e temas relacionados, encerrou sua quinta edição, em Fortaleza, batendo recorde de visitantes: mais de 5.600 pessoas visitaram os 90 estandes do evento. A marca mostra a consolidação do evento no calendário do Ceará e da região Nordeste.
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O segundo dia do congresso debateu hidrogênio verde, armazenamento de energia elétrica, desafios da transmissão para cargas de grande porte e eletromobilidade. Organizado pela Aranda Eventos & Congressos, em colaboração com a Solar Promotion International GmbH da Alemanha, o Summit traz à tona discussões estratégicas para o futuro do setor.
O diretor-geral da Solar Promotion International GmbH, Florian Wessendorf, comemorou o sucesso do evento. “Tivemos um recorde de público em nossa quinta edição, o que demonstra a consolidação do evento e a credibilidade conquistada junto aos principais players de energias renováveis e transição energética.
Além disso, o congresso teve discussões de altíssimo nível, reunindo representantes importantes do setor, e os minicursos tiveram uma grande adesão, capacitando profissionais em algumas das principais tendências do mercado”, destacou.
O painel “Hidrogênio Verde: a nova fronteira energética do Nordeste” abriu as discussões do evento. O consultor de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Jurandir Picanço, afirmou que as projeções feitas sobre a fonte alguns anos atrás foram revistas e estão menores.
Há barreiras como custo de produção, tecnologia e estrutura. Camila Ramos, CEO e Fundadora da CELA, o mercado ainda enfrenta desafios para as empresas tomarem a decisão final de investimento, como a necessidade de se ter compradores para que projetos sejam financiáveis. Ela ressaltou ainda os esforços e incentivos do Ceará para atrair investimentos.
Por sua vez, Gustavo Silva, diretor de Operações da Qair Brasil, mostrou a visão do investidor. O executivo ressaltou entraves para que o mercado seja potencializado, como o gargalo de suprimentos, barreiras geopolíticas e indefinições políticas no Brasil. Encerrando o painel,
Brígida Miola, secretária Executiva da Indústria- SDE, apresentou as iniciativas do Hub de Hidrogênio Verdes do Ceará, a fim de viabilizar a produção no Estado, como infraestrutura portuária, linhas de transmissão e águas de reuso.
A segunda discussão abordou o “Panorama do armazenamento de energia elétrica no Nordeste”. O painel foi mediado por Markus Vlasits, presidente da Associação Brasileira de Armazenamento de Energia (Absae), que defendeu uma política para o segmento no país.
No que diz respeito a potencialização das energias solar e eólica, o armazenamento se coloca como uma solução viável a fim de aproveitar melhor a capacidade de geração. Em sua abordagem, Jonas Becker Paiva, diretor da Colibri Capital, traçou um panorama do setor.
Ele citou uma pesquisa recente da Bloomberg, que mostrou uma queda de 40% no custo dos sistemas de armazenamento a nível global, com uma tendência de queda também para os próximos anos, com estimativas de redução de 34% até 2030.
O CEO da 3E Soluções, Maurício Gonçalves, enfatizou os sistemas isolados como soluções viáveis em locais com mais gargalos no acesso a energia elétrica. Já o gerente Comercial da Baterias Moura, Adalberto Moreira, ressaltou o ambiente de negócios em armazenamento.
Ele defendeu que o armazenamento de energia não deve ser encarado como um concorrente das fontes tradicionais de energia, mas sim como um aliado estratégico.