
Quase seis anos após o derramamento de óleo que atingiu extensas áreas do litoral brasileiro, o Ceará continua sem respostas concretas sobre os responsáveis por um dos maiores desastres ambientais já registrados no país.
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O Ministério Público Federal (MPF), que conduz as investigações criminais por meio da Procuradoria da República no Rio Grande do Norte, ainda aguarda informações de autoridades estrangeiras para esclarecer a origem do óleo e identificar os culpados.
No Ceará, o impacto foi significativo. Manchas de petróleo atingiram praias, manguezais e áreas de preservação, afetando o meio ambiente, o turismo e a subsistência de comunidades pesqueiras. O material começou a aparecer no litoral da Paraíba em agosto de 2019 e se espalhou rapidamente por todos os estados do Nordeste.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o episódio foi considerado “o mais grave crime ambiental ocorrido no litoral brasileiro”, com impactos em 130 municípios ao longo de cerca de 3.600 quilômetros de costa.
Apesar do tempo decorrido, o MPF afirma que “ainda existem incertezas sobre a autoria, com respostas pendentes de autoridades estrangeiras”. Enquanto isso, o Ceará e demais estados atingidos seguem cobrando justiça e medidas efetivas de reparação ambiental.