
A vacinação é uma das estratégias mais eficazes para prevenir doenças infecciosas e garantir o desenvolvimento saudável das crianças. Ela estimula a produção de anticorpos e evita que o organismo seja infectado por vírus e bactérias potencialmente graves.
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No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que manter a caderneta de vacinação atualizada é um dever dos responsáveis, e as férias escolares oferecem um momento propício para cumprir esse cuidado, aproveitando a maior disponibilidade de tempo das famílias para revisar os esquemas vacinais e garantir as férias e um retorno às aulas mais seguro.
Apesar dos esforços do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a cobertura vacinal infantil ainda não atingiu os níveis ideais. O Anuário VacinaBR 2025, publicado com apoio da SBIm, Unicef e IQC, aponta que apenas 32% dos municípios brasileiros alcançaram as metas de vacinação para crianças menores de 1 ano no último ano.
A cobertura da vacina contra poliomielite, por exemplo, segue abaixo dos 80%, muito distante dos 95% desejados para garantir uma proteção coletiva. Isso tem ampliado o risco de reintrodução de doenças já controladas no país, como o sarampo e a própria pólio.
Para além das metas nacionais, há um desafio cultural. Com a redução de casos visíveis de doenças como difteria, coqueluche e meningite, muitos responsáveis passaram a subestimar os riscos da não vacinação. “O fato de não vermos mais essas doenças circulando com frequência não significa que elas deixaram de existir. Elas apenas estão controladas porque nos vacinamos. Quando deixamos de vacinar, abrimos espaço para o retorno dessas infecções”, alerta Juliana Farias, CEO da Amo Vacinas, rede de clínicas especializada em imunização.