

Ainda gera muita tensão política, apreensão econômica e insegurança jurídica o tarifaço extra de 50% baixado por Donald Trump contra o Brasil.
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Não se sabe quando e nem em que termos vai acabar a ofensiva americana nem para onde caminha, efetivamente, a guerra de narrativas aqui no Brasil.
Mas algo já é certo: a operação lesa pátria brasileira, com defesa e apoio explícitos de bolsonaristas, empurrou parte da opinião pública do País para o colo do governo Lula.
Exatamente uma semana depois do decreto trumpista, o Palácio do Planalto comemora os novos índices do Atlas/Intel, pelos quais a aprovação do presidente subiu, encostando na desaprovação, que desceu.
Na outra ponta, bolsonaristas se acotovelam, atordoados, sem entender muito bem os efeitos terrivelmente colaterais, para eles, do que ajudaram a aprontar contra o Brasil.
“Ajudaram” porque não foram somente questões políticas e jurídicas internas brasileiras que motivaram a canetada de Trump. Vide sobretaxas igualmente escandalosas a outros países.
Em todo o caso, a direita brasileira não será a mesma depois do tarifaço.
Bolsonaro está se lixando para o País.
Quanto antes se livrar dele mais cedo poderá encontrar um norte para o projeto que se supõe alternativo ao que está aí.
Ou isso ou morrerá na praia eleitoral do ano que vem.
Alckmin poderá fazer a diferença

Está em mãos muito adequadas a liderança, junto ao setor produtivo, para os encaminhamentos brasileiros no imbróglio em torno do tarifaço de Trump.
Geraldo Alckmin é um dos mais preparados políticos e gestores que o Brasil produziu nas últimas décadas.
Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, conhece muito de perto as dores dos agentes envolvidos,
Governador de São Paulo quatro vezes, tem experiência e respaldo inigualáveis para falar para e pelo estado de economia mais pujante do País.
Vice-presidente da República, tem serenidade política para alinhar acordos, sem colocar ideologias e/ou projetos de poder acima dos interesses da nação.
Geraldo Alckmin é um brasileiro com “B” maiúsculo.
O novo slogan do governo Lula
Ainda está, literalmente, em definição, o novo slogan do governo Lula.
A ideia é pegar o embalo do refresco que o Planalto ganhou com a queda-de-braço em torno do tarifaço de Trump e bolsonarismo.
Nacionalismo, soberania e expressões assemelhadas devem estar entre os conceitos trabalhados.
É uma decisão certeira.
Pode ser que a mudança dê tração ao trabalho do publicitário Sidônio Palmeira.
Bom também porque o governo vai se livrar da atual expressão “União e Reconstrução”.
Até aqui, Lula nem uniu e nem reconstruiu o País.