

Sem muito alarde, o partido Novo anunciou, nesta segunda-feira (21), o lançamento da pré-candidatura de Romeu Zema à Presidência da República, em 2026. Será no dia 16, em São Paulo.
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A direção nacional da sigla diz estar atuando em linha com o ex-presidente Bolsonaro (PL). O ex-mandatário teria, inclusive, destacado a importância de mais nomes no primeiro turno.
Em conversa com a Coluna, um interlocutor vislumbra impactos diretos do fator Zema nas articulações da oposição na corrida ao Palácio da Abolição, no Ceará.
Uma vez presidenciável, o hoje governador de Minas Gerais precisará de palanques Brasil afora. Uma das possibilidades seria o Novo lançar um nome ao governo do Estado.
Por enquanto, a sigla tem apenas um pré-candidato a senador – general Guilherme Theophilo. Outro caminho seria o partido ir para a vice do PL – a legenda já disse que terá candidatura própria no Estado.
Esta última via é a mais remota, já que passa, necessariamente, pela candidatura a presidente. O bolsonarismo não abre mão que o nome que disputará do Planalto seja filiado ao PL.
Ou seja, a chapa PL-Novo no Ceará só ganharia contornos de viabilidade se, por exemplo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também pré-candidato à sucessão do presidente Lula (PT), trocasse o Republicanos pelo PL e Zema fosse o vice dele.
Com três ministérios, União Brasil é oposição nutella

O União Brasil comanda três ministérios do governo Lula: Turismo, Comunicações e Desenvolvimento Regional.
Mesmo assim, mantém a porta entreaberta para subir no palanque oposicionista nacional.
Já no Ceará, a maioria faz oposição ao governo Elmano de Freitas (PT).
Em algum momento das conversas para 2026, a incoerência adentrará a sala.
Inclusive e principalmente, se a pauta for o critério de não coligar com oposição nutella – o caso do União Brasil.
A oposição rachada no Ceará
Em menos de uma semana, a oposição ao governo do Estado sofreu forte revés nas pretensões de chegar ao Palácio da Abolição, no ano que vem.
Ao longo do primeiro semestre de 2025, o café da oposição na Assembleia Legislativa foi visto como um sopro de esperança para os que defendem um novo modelo político e de gestão para o Estado.
Mas, recentemente, veio o anúncio de que o PL seguirá carreira solo, lançando nome próprio. Agora, o Novo sinaliza seguir o mesmo caminho.
Ficaram União Brasil e parte minoritária do PDT.
A preço de hoje, haverá mais de um palanque oposicionista.
Será economia…
Poucas vezes as condições econômicas nacionais provocarão tantos efeitos num processo eleitoral como em 2026, se mantidas forem as variáveis verificadas até aqui.
O tarifaço de Donald Trump, que o governo do presidente Lula (PT) conseguiu pendurar no pescoço do arquirrival Bolsonaro (PL), está no centro do debate e, certamente, entrará na fila de votação do ano que vem.
Ou ideologia?
Até aqui, o lulopetismo está levando a melhor na narrativa de que Bolsonaro e os seus são contra os interesses nacionais.
Daí o grande mote de defesa da soberania nacional.
Mas ideologia não enche barriga, assim como “Ninguém come PIB, come alimentos”, como já diria a saudosa Maria da Conceição Tavares.
Isso também irá à cabina de votação e ajudará a teclar números na urna.
Guimarães foca na agenda do Planalto

Um bom líder de governo deve manter um olho na articulação política da Casa e outro na agenda do Executivo.
Assim faz José Nobre Guimarães (PT), líder do governo Lula na conturbada Câmara dos Deputados.
Ele destaca a produção do primeiro semestre – dentre eles estão 10 medidas provisórias, 57 projetos de lei e a PEC dos precatórios..
E já aponta para o segundo período do ano: isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil; votação da PEC da Segurança Pública e votação das Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Orçamentária Anual (LOA) de 2026.
E os últimos tumultos dos bolsonaristas? “É gritaria”, diz o parlamentar cearense, pré-candidato ao Senado em 2026.