

As últimas gerações cresceram com a ideia de que o Brasil é um país pacato, moderado e neutro perante as demais nações.
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Ou essa é uma conversa para boi dormir ou não aprendemos nada com a história – e a guerra tafirária mostra que sempre haverá vencedores e vencidos.
Os Estados Unidos que o digam. O governo Donald Trump já festeja a sequência de acordos ultra vantajosos para os americanos.
O próprio Brasil não está apto a dizer que é amante da sobriedade, como mostram guerras, opressões e ditaduras que promoveu ou de que participou.
Lá fora acontece o mesmo. Para não ir muito longe, vejamos a composição do Conselho de Segurança Permanente da ONU: EUA, Rússia, China, França e Reino Unido.
Todos são vencedores da Segunda Guerra Mundial, ao passo que os derrotados – Alemanha, Itália e Japão -, foram esfolados pós-rendição.
Objetivos e interesses sempre estarão à mesa na economia e política – quer no mapa-mundi ou no cotidiano mais pueril -, sendo que boas armas é o que define boas regras.
E quando as negociações emperram e a diplomacia falha? Aí começam as guerras. Mas aí já é outra história. Por enquanto, os acordos tarifários estão evitando isso.
Cavalo selado passa diante de Geraldo Alckmin

Da série ‘crises geram oportunidades’, eis que o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), está ganhando muita notoriedade com o tarifaço.
Também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o experiente ex-governador paulista poderia ser uma opção para 2026.
Alckmin é, sem medo de errar, um dos melhores quadros da política brasileira atual.
Uma pena que o PT de Lula e arredores não tenham a grandeza para perceber e reconhecer isso.
Sobre política externa brasileira
A política externa brasileira, em regra, é nota de rodapé nas grandes discussões nacionais. Tradicionalmente, passa praticamente batida em campanhas presidenciais.
Entretanto, o tarifaço que suga as atenções do mundo político e econômico nacionais, provavelmente, mudará essa visão.
O próximo presidente da República precisara ter métodos mais estratégicos e assertivos.
Não dá para se fazer isso em palanques de pré-campanha – a exemplo do presidente Lula -, nem ser recheio de retóricas bolsonaristas insanas.
Isso precisa mudar.
Fortes emoções
O líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT), recupera-se bem de cirurgia cardíaca a que foi submetido, na última segunda-feira (28), no Sírio-Libanês, em São Paulo.
O parlamentar já conversa normalmente.
A tendência é o petista voltar ao ritmo de trabalho, de coração reforçado.
E vai precisar, pelas fortes emoções que 2026 promete.
Jogo virando
Vejamos como é acelerada a dinâmica da política brasileira.
Em poucas semanas, o governo Lula ganhou de presente, via tarifaço, o mote da soberania nacional, o Brasil saiu do Mapa da Fome e os principais adversários do presidente estão prestando contas com a Justiça.
Por isso é delicado se fazer prognósticos na área. Tudo pode acontecer – inclusive, nada.
Zambelli: falta extraditar e cassar

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, ampliou sua coleção de troféus, com a detenção da deputada Carla Zambelli (PL-SP), em Roma, Itália.
O governo Lula também pontuou, simbolicamente, em detrimento do bolsonarismo, que amarga mais uma derrota.
Mas a novela está apenas sendo retomada.
Nesta nova temporada, há o imbróglio da extradição.
Trabalha-se com a informação de que a deputada tem cidadania italiana.
Assim sendo, o processo pode ser mais difícil e demorado. A justiça italiana pode extraditar, negar ou tomar outra medida.
E na hipótese de ela ser despachada para o Brasil, o impasse passa a ser a cassação.
Lembremos que o bolsonarismo domina importantes setores da Câmara dos Deputados.