Skip to content
PODER NEWS

PODER NEWS

Política, Economia e Análise. Conteúdo que informa, opinião que transforma

BANNER_955x150_ANIMADO

Primary Menu
  • ECONOMIA

Câmara proíbe descontos associativos pelo INSS, após fraude em aposentadorias e pensões

Poder News 4 de setembro de 2025

A medida impede que associações, sindicatos, entidades de classe ou organizações façam descontos automáticos, mesmo que o beneficiário tenha autorizado previamente / Foto: Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que proíbe o desconto automático de mensalidades associativas e sindicais nos benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Siga o Poder News no Instagram

Segundo o relator da proposta, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), o objetivo é proteger aposentados e pensionistas de fraudes. A votação ocorre após a descoberta de um esquema de descontos indevidos no INSS, que chegou a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 e foi alvo de operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. O caso também é investigado pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), instalada no mês passado.

O texto aprovado prevê exceções para o desconto automático de crédito consignado feito por instituições financeiras supervisionadas pelo Banco Central, mas somente após um processo de dupla verificação, como biometria, assinatura eletrônica ou prova de vida. Segundo o relatório de Forte, qualquer desconto realizado sem autorização deve ser integralmente devolvido. No caso de crédito consignado, o banco terá 30 dias, a partir da notificação ou decisão administrativa, para reembolsar o valor indevido.

O projeto enfrentou resistência do governo federal, o que adiou a votação por algumas semanas. Deputados governistas questionaram trechos da proposta e sugeriram alterações, que foram rejeitadas. O debate no plenário também foi marcado por trocas de acusações entre petistas e bolsonaristas sobre as fraudes nos descontos.

Uma das divergências é que o projeto transfere do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) para o Conselho Monetário Nacional a definição das taxas máximas de juros para o crédito consignado. Além disso, o governo propôs usar o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para ressarcir descontos indevidos em empréstimos consignados. Após negociações, Forte incluiu em seu parecer que o INSS poderá cobrar do FGC caso não consiga reaver os valores judicialmente junto às instituições financeiras responsáveis. Essa solução, embora criticada pelo setor financeiro, busca evitar impacto nas contas públicas.

RELACIONADAS

Post navigation

Previous: Ceará ultrapassa 106 mil veículos novos vendidos em 2025
Next: Morre Giorgio Armani, aos 91 anos, mestre italiano da alfaiataria moderna
Copyright © All rights reserved. | MoreNews by AF themes.