

A cultura política brasileira consolidou a ideia de que socorrer doente é mais relevante do que orientá-lo para a prevenção.
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Por óbvio, o apelo eleitoral é muito maior.
Pois bem. O deputado estadual Heitor Férrer (União Brasil) tem a saúde pública de qualidade entre suas bandeiras.
Mesmo assim, o parlamentar usa suas redes sociais para difundir conteúdos voltados para dicas e hábitos simples, na linha preventiva.
Isso pode evitar diagnósticos dramáticos – além de economizar muito dinheiro público.
É uma visão diferente a de Heitor. Deveria ser seguida.
A iniciativa vem rendendo engajamento. E rende voto? Não tenhamos dúvida disso.
É uma forte via de consequência.
Ser reativo é flertar com atraso
O bom exemplo das dicas preventivas do deputado estadual Heitor Férrer na saúde – sua área de expertise -, não deveria ser um caso isolado.
De qualquer forma, é um mote para lembrarmos de como a gestão pública brasileira é reativa – quase nunca propositiva ou preventiva.
O fenômeno vai da simples à mais sofisticada política pública.
Temos um arraigado modus operandi nas consequências – quase nunca nas causas, o que poderia antecipar ou até mesmo evitar o problema.
O esgoto a céu aberto, por exemplo, desqualifica a vida de milhões de brasileiros.
Mas, no Brasil, político não gosta de saneamento. São obras escondidas.
Outro ponto é o enfrentamento dos motivos que mergulharam o País num desenfreado ciclo de criminalidade. Não se vai às causas.
No social não é diferente.
Há mais de duas décadas, atacamos o estoque de famintos, com janelas de saída que existem apenas para justificar a regra geral da reprodução cíclica da pobreza.
Por isso patinamos tanto no Brasil, em quase todas as áreas.
Ser reativo e não preventivo é flertar com atrasos.