

Na visão do governo federal, há um fundamento para que o Brasil não equipare facções criminosas a grupos terroristas. Esse é o ponto central da discussão que pauta o País.
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De acordo com o Planalto, ao tratar faccionado como terrorista, o País se expõe a uma série de condicionantes internacionais.
A União poderia, por exemplo, sofrer sanções de organismos internacionais e governos estrangeiros.
O Executivo argumenta que enquanto facções atuam na lógica do lucro financeiro e domínio territorial, grupos terroristas têm atividades ligadas a questões políticas, ideológicas e religiosas.
Ôpa! Atividades políticas e ideológicas?
Quem não passou as últimas duas ou três campanhas eleitorais em Marte sabe que as facções há tempos dominam nacos da cena pública brasileira.
Ainda há alguma dúvida de que espaços relevantes na cadeia alimentar dos Três Poderes da República do Brasil são ocupados pelo crime organizado?
Numa época recentíssima, governantes ficavam irritados quando a imprensa perguntava sobre facções. Ao não mais conseguirem tapar o sol com a peneira, passaram a admitir o problema.
Agora, ao mais uma vez tentarem escamotear no debate, não querendo chamá-las pelo nome correto, os mesmos governos contratam mais uma absurda tragédia futura.
Ao negar, governo caiu na própria armadilha

A extrema direita está com pedras na mão, jogando na esquerda, sob a condenação de “complacente com o crime”. Nem sempre foi assim.
A criminalidade no País já foi muito mais fácil de combater.
Foram as escolhas dos últimos governos que nos trouxeram até aqui.
Agora, quando a opinião pública parece apoiar artilharia pesada, governantes tentam reverter uma situação que ajudaram a criar.
A direita, oportunista, está apenas tirando proveito político disso.
Terrorismo e soberania
Isso ainda não foi dito, mas já pode ser percebido nas entrelinhas: com mais uma esticadinha, o governo Lula poderá dizer que equiparar facções criminosas a grupos terroristas é abrir mão da soberania nacional.
Pelo menos é o que está entendido no argumento do governo Lula, segundo o qual o Brasil poderá sofrer interferências internacionais ao tratar faccionados como terroristas.
Falar em soberania quando instituições nacionais são atacadas é uma coisa.
Dizer isso para não combater, eficazmente, o crime, é outra.
Caiado por fora, Goiás por dentro
A centro-direita corre sério risco de passar grande vexame na segurança pública.
O Estado de Goiás, governado pelo xerife do Centro-Oeste, Ronaldo Caiado (União Brasil), que o diga.
Ele é reverenciado como gestor linha-dura com a criminalidade.
Na propaganda oficial, em Goiás bandido não se cria – esse é grande mote do presidenciável.
No estado governado por Caiado, um longo e barulhento foguetório na capital Goiânia homenageou integrantes do CV, mortos na megaoperação do Rio.
Pelo menos quatro integrantes goianos da facção foram derrubados nos complexos do Alemão e Penha.
O episódio mostra como o crime organizado está capilarizado em todo o País.
Foco e capacidade de trabalho

O deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE) está surfando no combate à criminalidade no País.
É dele o projeto em tramitação no Congresso Nacional que equipara facção criminosa a grupo terrorista.
É grande a demanda pela presença do parlamentar em debates e entrevistas sobre o assunto.
Na reta final da legislatura passada, Danilo já tinha ficado em muita evidência nacional, ao emplacar projeto que reduziu preço de combustíveis, comunicação e outros itens, via diminuição de impostos.
É coincidência que o mesmo parlamentar alcance mais uma vez tal performance política? Claro que não.
Nada é por acaso. Danilo colhe frutos de muita capacidade de trabalho e foco no que realmente importa.


