
Um estudo revelou alta quantidade de mercúrio no organismo de espécies de peixes consumidas no Ceará, sobretudo de peixes maiores.
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A pesquisa foi produzida pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Transferência de Materiais Continente-Oceano (INCT-TCMO), junto da Universidade Federal do Ceará (UFC).
O estudo revela que o mercúrio chega aos peixes pelo ambiente, mas contaminação é potencializada pelas mudanças globais.
Atividades como queima de combustíveis fósseis, mineração e industrialização são um dos agravantes para aumentar a presença do mercúrio no ambiente.
Na análise, foi revelado que espécies de arraias, peixes como cavala e atum, e tubarões exibem maiores concentrações de mercúrio.

O pesquisador da UFC Luiz Drude explica que a substância, além de tóxica, possui teor acumulativo dentro do organismo.
Desta forma, peixes predadores e de grande porte acabam apresentando níveis significativamente elevados de mercúrio.
Em contraste, lagostas, sardinhas e peixes cultivados em aquicultura têm baixa contaminação, sendo seguros para consumo humano.
Apesar de não indicar níveis preocupantes de mercúrio, pesquisadores orientam uma certa moderação no consumo de peixes de grande porte.
Segundo pesquisa, o consumo ideal para crianças e adultos é de duas refeições por mês.
A exposição frequente à substância pode acarretar em problemas neurológicos nos humanos.