
O presidente Lula (PT) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinaram decreto nesta sexta-feira, 4, para que o Brasil volte a comprar energia da usina de Guri, na Venezuela.
Nos primeiros meses de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o fornecimento foi interrompido e não mais retomado.
De acordo com o governo federal, a conexão entre os países poderá ser mais explorada em breve, favorecendo, principalmente, o atendimento eletroenergético do estado de Roraima.
Roraima se mantém como o único estado ainda desconectado do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Histórico
Até o começo de 2019, a maior parte do atendimento aos consumidores locais era feita por meio da transferência de energia de Guri.
Naquele ano, o governo de Nicolás Maduro rompeu o contrato de fornecimento por causa de uma crise energética enfrentada pelo país e desentendimentos com a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Com o corte do abastecimento, Roraima passou a contar basicamente com usinas térmicas movidas a óleo combustível e a gás natural.
Na avaliação de Silveira, houve “extremismo ideológico” do governo anterior e quem saiu perdendo foram os consumidores brasileiros.
De acordo com o ministro, a energia da Venezuela custa cerca de R$ 100 por megawatt-hora (MWh) e tem um benefício ambiental, por ser totalmente renovável.