Na última quarta-feira, 16, vereadores de Acopiara, município da região Centro-Sul, abriram uma comissão processante para avaliar a cassação do mandato de Antônio Almeida Neto (MDB).
O prefeito está afastado pela segunda vez, investigado por supostas irregularidades na contratação de servidores terceirizados.
No ano passado, ele havia passado 5 meses fora do cargo, como um dos alvos da operação “Carona”, do Ministério Público (MPCE), que investiga supostos crimes de corrupção, fraude em licitações, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A denúncia atual cita um relatório da Controladoria-Geral do Município (CGM) em que são apontadas irregularidades nos contratos de ao menos duas cooperativas.
São elas a Coopservice (de Trabalho em Serviços Complementares de Asseio, Conservação e Limpeza) e Cooperação (de Trabalho e Servicos Operacionais e Especializados em Asseio, Conservação e Apoio Administrativo).
A Comissão
O grupo é composto por três vereadores. Os nomes foram sorteados na sessão, sendo eles os de Bill dos Moreiras (União), Giovanna Moreira (PDT) e Marilak Teixeira (PDT).
As duas últimas ficaram, respectivamente, como presidente e relatora do colegiado.
A sessão não ocorreu sem protestos. A presidente da Casa, Simone Felix (PDT), chegou a pediu ordem aos colegas no momento da votação e no sorteio.
Gesto não foi suficiente para acalmar vereadores aliados a Antônio Almeida. Um deles, Ricardo Costa (MDB), chegou a sair da bancada e iniciou uma suposta transmissão ao vivo pelo celular, ainda no centro do plenário, falando contra a câmera durante a sessão.
Após a tensão, a ordem do dia foi convocada e as atividades ordinárias da Câmara retomadas.