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Por Erivaldo Carvalho
A política é feita de gestos e símbolos. É por esse ângulo que deve ser vista a saída do PSD de Domingos Filho da gestão José Sarto (PDT).
A entrega dos cargos é um gesto ao governo Elmano de Freitas (PT), do qual o PSD tornou-se aliado, recentemente.
Trata-se, também, de simbólica demonstração de fidelidade política ao grupo alojado no Palácio da Abolição.
Para lembrar: a gestão Sarto e o governo Elmano pertencem a grupos rivais. Devem bater chapa em 2024.
O PSD quer espaço concreto na administração estadual. Precisava, portanto, tomar lado.
Nas explicações, o PSD alega insatisfação com os postos até então ocupados na gestão de Fortaleza.
A saber: Rennys Frota, na Secretaria Regional 2, e Moacir Soares, na 5.
Domingos Filho foi vice na chapa de Roberto Cláudio (PDT), na disputa estadual de 2022.
Idas e voltas
Presidente do PSD-CE, Domingos Filho é um personagem peculiar e já causou rebuliço na política cearense.
Em 2014, então vice do governador de Cid Gomes, Domingos não aceitou renunciar, juntamente com Cid, que queria concorrer ao Senado.
Ficou acertada a ida do então vice para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
No TCM, Domingos foi apontado como operador político.
Houve rompimento com os Ferreira Gomes, culminando com a extinção do TCM.
A recomposição política viria três anos depois, mas a relação jamais foi a mesma.
Tudo isso para dizer que ao largar a gestão Sarto, Domingos Filho quer voltar ao núcleo governista estadual.
A rigor, Domingos e seu PSD caminham na direção de onde já esteve.