

A grave crise de saúde por que passa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não poderia acontecer em pior momento.
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Sem previsão de alta, o líder de direita perde um pouco mais de fôlego na luta pela sobrevivência política.
Sobrevivência aqui entendida como uma remota candidatura ao Planalto no ano que vem.
O quadro clínico é delicado, segundo relatam os médicos.
Em 2018, depois da facada, o então candidato “fez campanha” do hospital.
Há uma compreensão mediana de que o atentado mais ajudou do que atrapalhou o bolsonarismo.
Agora, oito anos depois, os problemas decorrentes da tentativa de assassinato são somente fardo.
Inelegível, no corredor da condenação pelo 8/1 e com saúde delicada, Bolsonaro vai perdendo musculatura política e eleitoral.
Tudo considerado, significa que a direita brasileira já pode considerar, efetivamente, outras opções do cardápio.
Anistia: deixem o leão escolher
A piada acontece num circo. A certa altura do espetáculo, o leão rompe a grade de proteção e ruge diante do distinto público.
Apavorados, quase todos correm para os últimos degraus da arquibancada – menos uma pessoa com deficiência.
Em pânico, muitos gritam o nome da potencial vítima da fera. “Deixem o leão escolher”, gritou de volta o homem que não podia correr.
Assim devem ser encarados certos debates políticos – até mesmo o da anistia, em curso no Congresso Nacional.
Deixem os parlamentares escolher de que lado da história querem ficar.
A falsa sensação de pânico não ajuda. É só gritaria.
A grande aposta
A esquerda trabalha com a estratégia política de aprofundar a defesa da democracia como plataforma eleitoral para 2026.
Está correta. Deu certo em 2022 e pode funcionar no ano que vem.
Só não pode é ficar berrando por democracia dia e noite e querer vetar debates no Parlamento.
Democracia é voto.
Quem tem mais ganha, quem tem menos perde.
Outdoor neles
Foi-se o tempo em que a esquerda-raiz distribuía outdoors pelas grandes cidades, “denunciando” político que não concordava com a visão de mundo dela.
Em regra, eram pautas corporativas.
A pichação política migrou para as redes sociais, mas o sentido é o mesmo.
É o que acontece no debate sobre anistia ao 8/1. Faz parte do jogo. O eleitor, soberano, vai decidir.