

Como aqui já dito, há um mantra na política segundo o qual campanha eleitoral começa na gestão e gestão começa na campanha.
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É assim, por exemplo, quando um candidato praticamente eleito começa a amenizar o discurso, para mitigar possíveis comprometimentos com promessas.
No sentido inverso, governantes pisam no acelerador na reta final do mandato, para entrar na campana tracionado.
O mesmo raciocínio serve para orçamentos públicos. Em regra, chefes de Executivo dão um choque de gestão no início do governo e afrouxam o cinto na segunda metade da administração.
Pois bem. Tudo isso deveria ser fichinha para o presidente Lula, um dos mais astutos e talentosos políticos da história do Brasil.
Por incrível que pareça, porém, o homem que ganhou cinco eleições ao Palácio do Planalto – três para si e duas para Dilma Rousseff -, parece ter desaprendido tudo.
Lembram da PEC da Transição, que deu ao governo R$ 145 bilhões a mais no Orçamento de 2023? O que tem a ver com a confusão do IOF?
Tudo. Lá, Lula tinha acabado de ser eleito e foi premiado. Mas governou sem critério. Foi populista e irresponsável, em termos fiscais. O governo está desaprovado. É esse governo que vai à campanha.
Procuram-se sucessores
As eleições presidenciais de 2026, muito provavelmente, ocorrerão com a ausência de pelo menos um dos grandes líderes nacionais – Lula e Bolsonaro, quiça dos dois, na disputa.
É a chance de ouro para aliados puxarem a fila de sucessores.
Não se sabe ao certo quem será ungido nem de um lado nem do outro.
O PT está fechando um ciclo de poder. A direita também está sem rumo.
Mas há uma grande diferença: Lula é maior do que o petismo. Isso pode ser um problema.
Já Bolsonaro é menor do que o bolsonarismo. Pode ser mais fácil e prático encontrar um substituto.