
A ONU (Organização das Nações Unidas) condenou o plano de ocupação militar da Cidade de Gaza. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 8, o alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu a interrupção imediata da medida, aprovada pelo gabinete de segurança de Israel.
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Segundo Türk, a decisão contraria a determinação da Corte Internacional de Justiça, que exige que Israel encerre sua ocupação “o mais rápido possível”, além de violar o direito dos palestinos à autodeterminação e o compromisso com a solução de dois Estados.
A China manifestou “sérias preocupações” sobre o plano. “Gaza pertence ao povo palestino e é uma parte inseparável do território palestino”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores à AFP.
Governos do Reino Unido e da Austrália também criticaram a decisão do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. A ministra de Segurança Energética britânica, Miatta Fahnbulleh, classificou a medida como equivocada: “Esperamos que Israel reconsidere sua decisão. Ela corre o risco de agravar uma situação já intolerável e atroz.”
A ministra australiana de Relações Exteriores, Penny Wong, advertiu que o deslocamento forçado permanente viola o direito internacional. Em nota, ela pediu a Israel que evite ações que “apenas agravariam a catástrofe humanitária em Gaza” e reforçou os apelos por um cessar-fogo, pela liberação de ajuda humanitária sem restrições e pela libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas em outubro de 2023.