

Nessa toada a que estamos assistindo, o atual e o ex-presidente da República vão afundar o Brasil. Tarifaço de Trump, excessos do STF e motim no Congresso jogam querosene de avião na fornalha política nacional.
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O conjunto dos fatos dos últimos dias apenas arreganhou, sem nenhuma cerimônia, a maldade que a polarização entre lulistas e bolsonaristas estão cometendo contra o Brasil. Há uma bomba armada.
Impressiona como é difícil perceber que Lula já deu o que tinha de dar e Bolsonaro nunca teve nada a oferecer.
Ambos lideram turbas e se retroalimentam de ódio mútuos. São lados da mesma moeda. Nem novidade isso é.
É triste constatar que quase oito em cada dez brasileiros votantes não se dão conta de que estão enfurnados em suas certezas, egos e radicalismos.
Os dados são do Datafolha, segundo o qual a polarização está em 76% do eleitorado nacional.
Lutar contra isso é difícil. Dizemos com zero satisfação – depois de uma já longa luta, quase diária. Pelo contrário.
Diferentemente da maioria dos analistas políticos, não somos caroneiros da cômoda e superficial segregação política.
Muitos, lucidamente e bem intencionados ou não, acreditam que ter lado sectário entre Lula e Bolsonaro é demonstração de coragem.
Acreditem: não é. Somente aprofunda a crise.
Nem honesto é considerar que leituras de cenário se resumem a bate-boca insanos, entre anjinhos e diabinhos. Isso é jogar terra em briga de cachorros.
Apanhar de ambos os lados confirma a tese

Aqui, geralmente, escolhemos um dos lados para extrair alguma síntese minimamente construtiva com o debate.
O resultado é que, invariavelmente, o lado criticado vem com quatro pedras nas mãos.
Entretanto, esta edição da Coluna foi além e colocou lulismo e bolsonarismo no mesmo balaio.
O resultado é que, certamente, este colunista não terá nem o direito de escolher de quem apanhar. Será surrado pelas duas torcidas organizadas.
Mas é isso. Ossos do orifício. A reação confirma a tese.