Referência em mobilidade urbana sustentável, Fortaleza é a grande vencedora do novo programa da Bloomberg Philantropies que incentiva a priorização da bicicleta como meio de deslocamento a partir de inovação da malha cicloviária, que prevê reforço na segurança para os ciclistas e mais conexões entre as infraestruturas.
O resultado, divulgado nesta sexta-feira 2, pela própria instituição, reafirma o compromisso da gestão municipal em garantir um ir e vir mais seguro aos ciclistas em seus deslocamentos diários.
O Bloomberg Initiative for Cycling Infrastructure (Bici),
em parceria com a Global Designing Cities Initiative (GDCI), selecionou 10 cidades de todo o mundo para participar do programa.
Os selecionados receberão financiamento para promover inovações na infraestrutura cicloviária existente e assistência técnica na concepção de novas ciclovias e ciclofaixas pelos próximos três anos.
Como primeiro lugar mundial, Fortaleza também é a única cidade brasileira selecionada pelo Bici e vai receber 1 milhão de dólares em investimentos nas estruturas cicláveis.
O prefeito José Sarto disse que é um orgulho ver Fortaleza em primeiro lugar entre as dez cidades selecionadas e que o trabalho incentiva a ciclomobilidade na cidade, investindo em inovação para promover a saúde e o bem-estar de nossos moradores.
“Com esse investimento,será implantado 180 quilômetros de ciclofaixas e alcançar a marca de 600 quilômetros na Capital.Temos hoje 192 estações do Bicicletar e chegaremos a 210 até 2024”, afirmou Sarto
O obietivo do programa Bici é tornar a utilização das bicicletas cada vez mais fácil aos residentes, além de ajudar a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, reforçar a saúde pública e aumentar as oportunidades econômicas.
Como destacou o presidente da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova) Luiz Alberto Sabóia, a proposta de Fortaleza envolve não apenas a qualificação da malha cicloviária da cidade, mas também uma série de ações inovadoras para o modal, buscando o desenvolvimento de uma política pública viária baseada em dados e preocupada com o bem-estar do ciclista.
“A proposta de Fortaleza vai para além da malha cicloviária, pois envolve, além da infraestrutura, que será ampliada e conectada, a inovação com a coleta de dados sobre o uso de bicicletas da cidade. Esses dados serão usados para orientar a formulação de novas políticas cicloviárias, além de uma série de abordagens com plataformas digitais e também a colaboração com a iniciativa privada e a busca por novos públicos para o modal”, explicou Sabóia
Para Antônio Ferreira, superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), a ideia é alcançar uma maior adesão do público mais vulnerável, como crianças, idosos, mulheres, pessoas com deficiência e transportadores de carga.