O economista Márcio Pochmann vai assumir o comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 26, pelo ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT).
O ministro disse que a escolha não encontrou resistências dentro do governo.
A data da posse ainda não foi definida, mas deverá ocorrer em agosto.
Pochmann é economista. Ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Fundação Perseu Abramo, é presidente do Instituto Lula, no triênio 2020-2023.
Ele vai assumir a vaga de Cimar Azeredo, que comandava interinamente o órgão e conduziu a entrega dos primeiros resultados do Censo 2022, em junho.
Controvérsias
Nos bastidores, o nome de Pochmann gerava preocupação entre integrantes do Ministério do Planejamento e Orçamento, comandado por Simone Tebet (MDB).
Há uma avaliação de que a escolha é política e que o indicado não tem especialidade em demografia e estatística para ocupar o cargo, além do perfil heterodoxo na economia.
Na terça-feira, 25, Tebet chegou a dizer que o assunto do comando do IBGE não havia sido colocado à sua mesa.
“Neste momento, não estamos discutindo mudança de nome. Não chegou nada em relação a qualquer tipo de pedido e não estamos discutindo nomes no IBGE”, disse.
O ex-presidente do IBGE, Edmar Bacha, se posicionou criticando a escolha, que, segundo ele, é um “perigo” para as estatísticas brasileiras.
“O país vai colocar como centro do sistema alguém que fez uma desastrosa administração no Ipea”, afirmou.
Para integrantes do Partido dos Trabalhadores que insistiam pela indicação a notícia representa uma vitória.