
Estatísticas de Gênero do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reveladas nesta sexta-feira, 8, apontaram que as mulheres brasileiras trabalham e estudam mais que homens, mas não ganham mais que eles.
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Os dados foram obtidos com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) e da Pesquisa Nacional da Saúde, entre 2018 e 2022.
No levantamento, as brasileiras dedicam 2,3 horas a mais que homens no trabalho (remunerado, doméstico e de cuidado).
Estudo
Na perspectiva da educação, em 2022, 32,6% das mulheres de 18 a 24 anos estudavam, enquanto 28,1% dos homens eram estudantes.
Além disso, o percentual de mulheres adultas com nível superior completo supera em quase 5% o percentual masculino.
As mulheres também correspondiam a 60,3% dos estudantes concluintes nas faculdades
Trabalho
Apesar do alto nível de escolaridade, a população feminina não encontra espaço no mercado de trabalho.
Em 2022, apenas 39,3% dos cargos gerenciais eram ocupados por mulheres. Ou seja, a cada dez cargos de lideranças abertos, seis são ocupados por homens.
A mulheres só são maioria nas gerências e coordenações das áreas de educação (69,4%) e saúde humana e serviços sociais (70%).
Ainda que ocupem os mesmos cargos, homens e mulheres ganham diferente. O rendimento das executivas femininas é apenas 78,8% dos pagos para os homens.
As maiores desigualdades estão nos setores de transporte, armazenagem e correio e de saúde humana e serviços sociais.
Nesses setores, os rendimentos das mulheres correspondem a 51,2% e 60,9% dos homens, respectivamente.
Serviço público
O estudo do IBGE apontou outra desiguladade de gênero em cargos de poder no serviço público, tanto na política como na Justiça.
No parlamento, apenas 17,9% dos deputados federais eram mulheres em novembro de 2023.
Apesar do avanço se comparado a anos anteriores, o Brasil está na 133ª posição de 186 países em ranking que mede a ocupação feminino em Câmaras e Parlamentos.
Em 2020, somente 12,1% dos municípios elegeram prefeitas. No Ceará, são 30 representantes entre 179 municípios (16,8% do total).
Nos ministérios, apenas nove dos 38 cargos do status eram ocupados por mulheres.
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontam que a disparidade continua, mesmo com o crescimento de magistradas no país nas últimas três décadas.
Na Justiça Estadual, as mulheres são 38%, enquanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) são 23%.
Com informações da Agência Brasil