
O programa Redata, uma demanda do setor de data centers que visa atrair grandes empresas de dados ao Brasil, ainda aguarda sinal verde do Governo Federal. O texto, que prevê isenções tributárias sobre infraestrutura e serviços digitais, está pronto e já foi compartilhado com líderes do Congresso, como Davi Alcolumbre e Hugo Motta. No entanto, a discussão foi paralisada após a polêmica envolvendo o aumento do IOF, aguardando um momento mais oportuno para ser retomado em meio a um cenário de ajuste fiscal.
Siga o Poder News no Instagram
Empresas como Ascenty, Elea Data Centers e Equinix, além das associações ABCD e Brasscom, defendem o Redata como um “divisor de águas” para o setor. Eduardo Reigada, COO da NextStream, destacou que a isenção tributária poderia tornar o Brasil mais competitivo até mesmo em relação aos Estados Unidos, impulsionando investimentos de hiperescalares e empresas de inteligência artificial no país. Ele propõe inclusive que o Redata seja apresentado aos EUA como solução para o impasse tarifário.
Enquanto o Redata não avança, outras entidades, como a Abisemi (produtores de semicondutores), buscam o governo para sugerir ajustes que contemplem a manufatura local de servidores e memórias. A entidade acredita que incentivos fiscais devem promover também a produção nacional e a agregação de tecnologia. Paralelamente, o MDIC tem regulado as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) para data centers, embora especialistas, como a NextStream, as vejam como uma solução parcial e que carece da segurança jurídica e abrangência nacional que o Redata ofereceria.