O grande potencial para a produção de hidrogênio renovável no país nos próximos dez anos é uma oportunidade para reindustrialização do país.
A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2) e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paulo Emílio Valadão de Miranda.
Paulo participou, nessa segunda-feira (29), do 3° Congresso Brasileiro de Hidrogênio, em Maricá, no Grande Rio, que vai até quarta-feira (31).
O hidrogênio é um elemento químico que pode ser usado como combustível.
Sua obtenção é feita de várias formas, entre elas por transformação de combustíveis fósseis, com extração do hidrogênio e liberação de carbônico na atmosfera, eletrólise da água, com a separação de hidrogênio e oxigênio ou biomassa com extração do hidrogênio e transformação do carbono em produto sólido.
Paulo Miranda disse que a ação é uma oportunidade para a reindustrialização Brasil, que tem potencial muito grande de produção de hidrogênio.
“Hoje em dia, sabemos que quase todo o hidrogênio é produzido a partir de combustíveis fósseis e que se vê um esforço grande na produção do renovável a partir da eletrólise da água. Mas o país também tem potencial muito grande da produção a partir de biomassa”, afirmou Paulo Miranda
Segundo Paulo Miranda, o país tem hoje 850 indústrias de biogás.
“O uso de biomassa de rejeito e manejo fará com que essa origem de matéria-prima represente, em uma década, a maior parte do hidrogênio produzido no Brasil para fins energéticos. Há uma oportunidade de crescimento industrial no Brasil no que se refere à utilização desse elemento químico,
“Também é possível extrair o hidrogênio, em sua forma gasosa, diretamente de depósitos subterrâneos”, explicou Paulo Miranda
O 3° Congresso Brasileiro de Hidrogênio reúne especialistas, empresas e representantes do governo.