Pensando em fomentar o debate sobre o enfrentamento ao preconceito e à discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, será realizado na próxima quarta-feira, 21, às 14h, no Fórum Clóvis Beviláqua (FCB) o evento “Apresentação do Dossiê de Crimes correlatos a LGBTQIfobia e Legislações de Enfrentamento à LGBTQIfobia no Município de Fortaleza”.
A iniciativa é da Comissão da Agenda 2030 do Poder Judiciário estadual e da Diretoria do FCB em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza, por meio da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (COEDIV).
O juiz Marcelo Roseno, auxiliar da Presidência do TJCE e coordenador da Comissão para Integração da Agenda 2030, falou sobre a necessidade do Judiciário estar atento à essas ações
“Estamos atentos à integração da Agenda 2030 da ONU à pauta do Poder Judiciário estadual, especialmente quanto ao cumprimento do objetivo de desenvolvimento que busca proporcionar acesso à Justiça, adotando políticas não discriminatórias. A apresentação do Dossiê representa uma ação de sensibilização quanto à necessidade que o Judiciário esteja atento às peculiaridades locais relacionadas aos crimes de LGBTfobia e possa dar o tratamento célere e adequado”, afirmou o juiz
A diretora do FCB, juíza Solange Menezes Holanda, destacou a importância de promover a ação em junho, reconhecido como mês de Orgulho LGBTQIA+.
“Nada mais apropriado do que trazer esse debate para o Fórum, onde temos um público de servidores, magistrados e colaboradores tão diverso. Para além de promover um ambiente de trabalho mais respeitoso, independente da orientação sexual ou identidade de gênero, pensamos em melhor atender o público, evitando qualquer tipo de discriminação nas dependências da Justiça”, disse a diretora
A defensora dos Direitos Humanos e coordenadora especial da Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza, Andrea Rossati Farias Chaves, palestrante do evento falou sobre os dados do Estado contra a população LGBTQIA+
“Infelizmente ainda carregamos os dados de ser o Estado brasileiro em que mais se violam os direitos da população LGBTQIA+”, lamentou Andrea
A Presidenta licenciada da Associação de Travestis e Mulheres Transexuais do Estado, Andrea foi precursora das políticas públicas LGBTQIA+ no Ceará e há dois meses tem promovido capacitações em diversos órgãos públicos municipais.
“Durante este mês ocorrem diversas manifestações, paradas e eventos que reúnem pessoas de diferentes origens, orientações e identidades de gênero. Essas celebrações proporcionam um senso de comunidade e pertencimento, encorajando indivíduos a se expressarem e compartilharem suas histórias”, finalizou Andrea Rossati