O senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu mais uma vez, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira, 19, a luta contra a legalização do aborto no Brasil.
O senador anunciou a realização da 16ª Marcha pela Vida, mobilização contra o aborto marcada para esta terça-feira, 20, às 14h, na Esplanada dos Ministérios.
“Esse evento, de forma sucessiva, foi realizado por 16 edições e é um evento de tocar a alma, de tocar o coração, porque é a causa das causas. O Movimento Brasil sem Aborto é quem a organiza, e é um movimento suprapartidário, suprarreligioso, que envolve vários outros movimentos e dialoga com a CNBB, com os evangélicos, com os espíritas, com universidades”, disse Girão
O senador lamentou a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) colocar em pauta matéria com relatoria da presidente da Corte, ministra Rosa Weber, que prevê a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. Girão alegou também que a decisão não cabe ao Supremo.
“O STF não tem que pautar isso. Isso é dividir mais ainda o Brasil. O brasileiro é contra, e isso é prerrogativa de deputados e senadores. Os Estados Unidos estão voltando atrás, depois de 50 anos da legalização do aborto. Por quê? Porque a ciência mostra que tem um coração batendo com 18 dias da concepção. Então, que a gente possa partir, civilizatoriamente, em defesa da vida, e não caminhar para a defesa da morte”, argumentou o senador
O parlamentar criticou o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que participou da Parada LGBT+ realizada em São Paulo na semana passada, mas, segundo o senador, não tomou nenhuma atitude em relação à prisão dos envolvidos nos ataques do dia 8 de janeiro.
“Pergunta se ele foi ver o que é que está acontecendo lá nas prisões. Eu já fui a Papuda duas vezes, à Colmeia uma, visitar os presos do dia 8. As pessoas merecem o mínimo de respeito, o devido processo legal. Os processos não estão individualizados. Nós vamos denunciar internacionalmente o que está acontecendo aqui no Brasil”, afirmou Girão