O ex-Policial Militar (PM) Élcio de Queiroz fechou delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
No depoimento, o ex-PM confirmou a própria participação, de Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Corrêa foi preso na manhã desta segunda-feira, 24, no Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Élpis.
Ele já havia sido já havia sido detido em 2020, condenado a quatro anos “por atrapalhar de maneira deliberada” as investigações do caso Marielle. Cumpria a pena em regime domiciliar.
Conforme a Polícia Federal, além do mandato de prisão, foram cumpridos sete de busca e apreensão, no Rio e na região metropolitana.
Ainda foi indicado o envolvimento de mais pessoas no crime, informação que segue em segredo de Justiça.
O que diz o Ministro da Justiça
Para Flávio Dino, a colaboração premiada de Élcio de Queiroz encerrou uma fase da investigação ao retirar todas as dúvidas sobre a execução do crime.
A investigação agora se conclui em relação ao patamar da execução e há elementos para novo patamar: a da identificação dos mandates do crime”, destacou.
Dino ainda acrescentou que nas próximas semanas “provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhido no dia de hoje”.
O chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública argumentou que a delação só foi fechada porque as provas colhidas desde o início do ano tornaram evidente a participação de Ronnie e Élcio no crime.
Esse fato teria tornado difícil a manutenção da tese da defesa de Élcio que negava o envolvimento do ex-PM no caso.
O assassinato
O crime ocorreu no dia 14 de março de 2018, por volta das 21h30, na rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na região central do Rio.
A então deputada pelo PSOL, Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes foram mortos a tiros dentro de um carro.
A assessora da parlamentar, Fernanda Chaves, também estava no veículo, mas sobreviveu aos ferimentos.