O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta sexta-feira, 4, em Parintins (AM), o programa de descarbonização, “Energias da Amazônia”.
Serão investidos R$ 5 bilhões para substituir a matriz energética de combustível fóssil para fontes renováveis, diminuindo a emissão de gases causadores do efeito estufa na região.
A meta é reduzir o consumo do diesel na região em 70% até 2030. A geração a base de diesel deve ser substituída gradualmente por energia solar e hídrica.
“O programa irá reduzir os gastos da CCC (Conta Consumo de Combustíveis), desonerando o consumidor brasileiro”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o Norte do Brasil consome R$ 12 bilhões por ano para suprir o fornecimento de energia nos sistemas de geração isolados da Amazônia.
Estes sistemas produzem energia a partir de termelétricas movidas a óleo diesel e abastecem 211 comunidades na região amazônica, chegando a 3,1 milhões de pessoas.
Cidades contempladas
O programa abrange 37 obras de linhas de transmissão e distribuição para interligar 53 localidades ao Sistema Elétrico Nacional (SIN).
Na lista está o linhão de interligação de Manaus a Parintins e Itacoatiara, no Amazonas, e a Juruti, no Pará, inaugurado nesta sexta-feira.
O empreendimento leva energia da hidrelétrica de Tucuruí (PA) para esses municípios.
Antes da interligação de Parintins ao linhão, a cidade dependia de uma usina termelétrica movida a diesel, que consumia cerca de 45 milhões de litros desse combustível anualmente.
Além dos impactos ambientais, a geração de energia por meio dessa matriz térmica também causava poluição sonora e lançava fuligem no ar.