Neste final de semana, o atual governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) defendeu a criação de uma frente dos governos do Sul e Sudeste para ter “protagonismo político”.
De acordo com ele, a criação do Consórcio Sul, Sudeste (Cossud) estaria atrás dos consórcios de governadores do Norte e do Nordeste, supostamente mais politicamente organizados.
A fala do governador mineiro gerou ampla repercussão no meio político.
Em nota, o presidente do Consórcio Nordeste, João Azevedo (PSB), afirmou que ao defender o protagonismo do Sul e Sudeste, o político indicava um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste.
“Sabidamente regiões que vem sendo penalizadas ao longo das últimas décadas dos projetos nacionais de desenvolvimento”, disse Azevedo, que também é governador da Paraíba.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi às redes sociais comentar a entrevista de Zema.
“Não cultivamos em Minas a cultura da exclusão. JK, o mais ilustre dos mineiros, ao interiorizar e integrar o Brasil, promoveu a lógica da união nacional”, disse. Segundo Pacheco, “Somos um só país”.
Também se pronunciaram contra o governador de Minas, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) e o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino.
O governador mineiro Romeu Zema comentou as repercussões à entrevista dele dizendo que houve uma “distorção dos fatos”. “Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços”, disse.
Ceará
No Ceará, direita e esquerda se uniram contra Zema.
Dentre os que se manifestaram, estão o presidente do União Brasil no Estado, o ex-deputado Capitão Wagner, o deputado federal Domingos Neto (PSD), o secretário de Articulação Política da gestão, Waldemir Catanho (PT) e a deputada federal Luizianne Lins (PT).
Por fim, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), reagiu nesta segunda-feira, 7, à fala, dizendo ser “um preconceito que imaginava superado”.