Com a cabeça e um dos pés fora do PDT – o outro, somente com o desfecho da polêmica interna no partido –, Evandro Leitão já pode vislumbrar para onde vai, na perspectiva de entrar na disputa eleitoral em Fortaleza.
PT ou PSB? Não é uma decisão fácil. Contudo, o PT reúne mais vantagens políticas – o que não quer dizer que também seja o cenário mais confortável.
No PSB, o presidente da Assembleia Legislativa não teria nenhum tipo de obstáculo. Pelo contrário. Das cúpulas da sigla – estadual e nacional –, à militância, passando por prefeitos municipais recém-filiados, seria uma festa. Se quisesse, o parlamentar já teria assinado a ficha.
Já no PT, são citados quatro outros pré-candidatos a prefeito – Luizianne Lins, Larissa Gaspar, Guilherme Sampaio e Artur Bruno. Onde está, então, a diferença positiva em Evando ir para a sigla da estrela vermelha, em detrimento da legenda da pomba branca da paz?
Simples. O PT tem uma história muito mais robusta do que o PSB; é uma respeitada e temida máquina de voto – na Cidade, no Estado e no País; passa por um alinhamento político, envolvendo os palácios da Abolição e Planalto.
Por último: o PT dispõe de militância como em nenhum outro grupo político. E, vamos combinar: pedir voto para um candidato de seu partido faz toda a diferença.
Um jogo, política envolve riscos
Como todo movimento político, a saída de Evandro Leitão do PDT contém riscos. Por outro lado, se der certo, será a jogada da vida dele. Já tivemos de vários tipos no Ceará.
Para lembrar. 2002: Wellington Landim rompe com Tasso Jereissati; quatro anos depois, Lúcio Alcântara também; Cid Gomes e Luizianne Lins devolvem as alianças em 2012; em 2014, Cid se afastaria de Eunício Oliveira; pouco tempo depois, foi a vez de Domingos Filho sair do grupo.
A história e o tempo estão aí, para julgar que fim levou cada episódio.