Prestes a fechar nove meses, o governo Lula avança muito mais na ofensiva visando a um aparente controle do processo político nacional do que nas propostas de campanha.
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É justo reconhecer que uma série de programas foram relançados, a exemplo do Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e algumas ações em áreas específicas. Isso, apesar de as fontes de receitas orçamentárias ainda serem incógnitas.
Mas é no exercício do poder, propriamente, e sua tentativa de avançar sobre instituições, onde o lulopetismo apresenta sua face mais pragmática.
Nos últimos dias, a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, teve de recuar de declarações nas quais defendia o fim da Justiça Eleitoral. O passo atrás só veio depois da reação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.
Antes, o presidente Lula já havia sugerido que os votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não fossem divulgados, numa grave tentativa de violação ao princípio da transparência do Poder Judiciário.
Contraditoriamente, entretanto, o lulopetismo mantém a retórica da defesa da democracia como mantra demonizador de seus adversários – apesar de, para Lula, democracia ser um conceito relativo.
Nos início dos anos 2000, TCU e imprensa ficaram na mira
Tentar avançar sobre instituições é algo comum no exercício do poder. Isso acontece em todo o mundo, em todos os tempos.
Por aqui, os anos dos governos Lula 1 e 2 foram marcados por ofensivas contra o Tribunal de Contas da União (TCU), quando este não deu a celeridade que o governo queria em projetos do Programa de Aceleração do Crescimento.
Em paralelo, propor a regulamentação da imprensa passou a ser outro esporte favorito do PT.