Questionar resultados de gestões faz parte do processo político. É um dos mais óbvios – mesmo assim, legítimos -, motes para se tentar antecipar o debate e tirar proveito eleitoral.
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Registre-se, também, que, em tese, o principal beneficiário da crítica é o próprio autor, quando este é um personagem da disputa.
Em tese. Não parece ser o caso do pré-candidato Capitão Wagner (União Brasil), quando ataca a gestão do prefeito José Sarto (PDT).
Em vias de tentar, pela terceira vez, chegar à Prefeitura de Fortaleza, o ex-deputado federal vem mirando a gestão pedetista.
As investidas têm acontecido como recheio dos encontros que o hoje secretário da Saúde de Maracanaú realiza em regiões de Fortaleza.
Leitores da coluna levantam a boa tese de que as críticas de Wagner podem beneficiar muito mais o grupo político ligado ao Governo do Estado – cujo nome ainda é uma incógnita.
Um observador, em específico, lembra que o pré-candidato do UB faz parte de uma gestão cujo líder maior, o prefeito de Maracanaú Roberto Pessoa, mantém relação, no mínimo, amistosa, com o Palácio da Abolição.
Wagner deve, então, parar de criticar Sarto? Claro que não. Só deve pesar e medir o benefício a seus potenciais adversários.
O risco de chegar em 3º lugar no final do primeiro turno
Na cotação do dia, três grupos têm chances reais de estarem em um eventual 2º turno para a Prefeitura de Fortaleza:
O encabeçado por Wagner, o que está na gestão municipal e o que orbita o Abolição.
Quando Wagner critica a gestão Sarto, ele faz algumas apostas.
Uma delas é entender que o grupo de Sarto tem potencial para chegar ao segundo round contra os palacianos.
Está, portanto, tentando não ser o 3º lugar no final do 1º turno.