A reunião do diretório estadual do PDT, nesta sexta-feira, 29, foi marcada por discussões protagonizadas pelos líderes do PDT.
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O deputado federal André Figueiredo, presidente interino da sigla a nível nacional, chegou a chamar de “ditador” o senador Cid Gomes, dirigente estadual do PDT até 31 de dezembro. Figueiredo, inclusive chegou a se retirar do local.
O estopim da confusão deu-se pela divergência sobre a maneira de conduzir o partido e tópicos sensíveis das eleições de 2022.
Até o início do encontro, a pauta não havia sido definida. Rumores de que a formalização do apoio ao governo Elmano de Freitas (PT) seria colocada à votação não se concretizaram.
Tema foi questionado por Roberto Viana, presidente nacional do Movimento Cultural Darcy Ribeiro. Enquanto Cid respondeu à provocação, Figueiredo saiu em defesa de Viana, iniciando o conflito.
Cid Gomes
De acordo com Cid, que presidiu o encontro, o assunto foi retirado de pauta antes mesmo da discussão, a pedido de Figueiredo, que deixou o evento dizendo não aceitar “ditadura” no partido.
Cid Gomes rebateu a crítica, dizendo que não merece o título, pois o que faz é reunir as instâncias partidárias.
“Alguém pode ser ditador com essa característica? Eu faço reunião de 15 em 15 dias, da Executiva. E faço reunião uma vez por mês, do Diretório. Isso é atitude de ditador?”, questiona.
Judicialização do caso Leitão
Esta é a primeira vez que o PDT se reúne no estado após a carta de anuência concedida ao deputado estadual Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
Sobre a estadia de Leitão no PDT, Cid comentou que “ninguém força ninguém a ficar no partido”.
Cid Gomes lembrou que o tema foi proposto à Executiva e ao Diretório, que deliberou pela carta por unanimidade, com algumas abstenções.
“Pronto. O Diretório Nacional tem o direito de questionar, né? Tudo mais vai virar uma discussão jurídica. Vamos ver o que a justiça resolve.”