
O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer permaneceu estável em setembro, mantendo-se em 77,4% das famílias no país.
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Esse número representa o volume de endividados mais baixo desde junho de 2022, indicando uma tendência de estabilidade.
Dados são Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) e o índice é apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde 2010.
As dívidas relatadas incluem cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado, prestação de carro e de casa.
Classe baixa
Entretanto, análise de endividados por faixas de renda, revela um aumento de volume entre os consumidores de renda mais baixa.
O incremento foi de 0,3 pontos percentuais em relação a setembro de 2022, entre as famílias que recebem até três salários mínimos.
Esse é o segmento que terá seus CPFs “desnegativados” a partir deste mês, no âmbito do programa “Desenrola”. Mas o índice aponta para os desafios persistentes.
Para que o endividamento represente um problema financeiro, é preciso estar atrelado à inadimplência, que também está em alta na faixa de renda mais baixa, com 38,6% desses consumidores admitindo ter dívidas atrasadas.
Esse valor representa aumento de 0,7 p.p. no mês e é o nível mais alto desde novembro de 2022.
Além disso, 18,3% desses consumidores afirmam não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores – o maior da série histórica deste indicador.