O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics, anunciou nesta quinta-feira, 12, um empréstimo de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5 bilhões) ao Brasil.
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O contrato de financiamento foi fechado em Marrakesh, no Marrocos, às margens das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
Os recursos fazem parte de um programa lançado pelo NBD em 2020, no auge na pandemia de covid-19.
Na ocasião, foi liberada uma linha de US$ 2 bilhões a cada país acionista do banco. No entanto, o Brasil tomou apenas metade da quantia. O prazo é de 30 anos.
A presidente do NBD, Dilma Rousseff, disse que, ao assumir o comando do banco neste ano, trabalhou para garantir que o País tivesse acesso aos recursos nas mesmas condições da época.
Como de lá para cá os juros subiram e o custo de captação também foi elevado, é vantajoso para o Brasil levantar esses recursos, considerando o cenário atual.
“É um programa vultoso. Todos tiraram US$ 2 bilhões e só o Brasil tirou US$ 1 bilhão”, disse Rousseff, durante a cerimônia de assinatura do contrato.
Os membros do NBD são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Dentre os novos integrantes, estão Bangladesh e Emirados Árabes Unidos, que entraram em 2021, e Egito, neste ano.
O Uruguai é considerado um membro prospectivo.
Dilma e o Brics
De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desde que a ex-presidente assumiu o comando do NBD, o Brasil tem se aproximado da instituição.
Ele ressaltou que a importância dada até então não era condizente com o potencial do banco. O NBD tem um portfólio de 24 projetos do Brasil, totalizando US$ 6,3 bilhões.
“O total desembolsado até o momento é um pouco inferior a US$ 2 bilhões”, disse.
O ministro afirmou que há hoje um descasamento do que acontece nos países desenvolvidos em termos de políticas econômicas, em especial em um momento de juros elevados, e os impactos na “periferia”.
“O NDB pode ser um canal para mitigar os efeitos das atuais políticas macroeconômicas restritivas do ponto de vista monetário, mas expansivas do ponto de vista fiscal”, avaliou.