O preço do aluguel voltou a subir em Fortaleza: no acumulado do ano o aumento foi de 18,67%. Em relação ao cenário nacional, este é o terceiro maior aumento.
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O primeiro lugar no ranking ficou com Florianópolis (29,35%), seguida de Goiânia (25,77%). Índice deste ano vem depois de um aumento recorde de 16,55% em 2022 – o maior desde 2011.
Só no mês de setembro, o aumento do indicador em Fortaleza foi de 2,36%. No final do primeiro bimestre do ano passado, o avanço foi de 3,44%, enquanto nos últimos 12 meses, o avanço é de +14,37%.
Este é o maior avanço mensal desde 2021. Comparativamente, a variação mensal do índice superou a inflação medida pelo IPCA/IBGE (+1,01%), embora tenha permanecido abaixo da inflação apurada pelo IGP-M/FGV (+1,83%).
Individualmente, quase todas as cidades monitoradas registraram avanço nominal.
Com base nas últimas informações, o retorno médio do aluguel residencial foi de 4,73% ao ano, percentual inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.
Análise
Segundo o o economista e membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Wandemberg Almeida, diversos fatores influenciam esse aumento.
Segundo ele, é importante lembrar um passado recente, com aumento do preço de insumos e produção da construção civil, além de juros, o que encareceu o mercado imobiliário como um todo.
“Se as pessoas não estão comprando imóveis em razão dos juros altos, a tendência é migrarem para o aluguel. Com o aumento da oferta, ocorre o avanço da demanda. Mesmo com a recente redução, a Selic segue alta, e isso reflete diretamente nesse segmento, e por isso ocorrem aumentos”, disse