
Maior rio cearense, o Jaguaribe é atingido pela degradação e acumula problemas que se estendem ao longo dos seus 630 km de extensão.
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Durante a quadra chuvosa, período em que o afluente acumula recarga hídrica, essas agressões – que vão desde a poluição até o assoreamento do leito com a retirada irregular de areia – se tornam ainda mais evidentes.
“Desenvolvimento Sustentável no Rio Jaguaribe: Desafios e potencialidades” é o tema do “Grandes Debates” deste fim de mês.
O debate será exibido na nesta terça-feira, 31 de outubro, às 21h, pela TV Assembleia, Rádio Assembleia e Redes Sociais da Casa, com mediação do jornalista Ruy Lima.
A coordenação do “Grandes Debates” é do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos.
Os convidados são o deputado Stuart Castro, presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da Assembleia Legislativa; Hermilson Freitas, mestre em Gestão dos Recursos Hídricos pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e servidor da Cogerh; e Isaac Moura, o vereador do município de Palhano.
Problemas
Ambientalistas apontam que, ao longo de toda a extensão do afluente, há poluição através de esgotos residenciais, destruição da mata ciliar e extração irregular de areia em áreas ribeirinhas.
A agressão afeta, também, flora e fauna.
Inundações de áreas ribeirinhas, desaparecimento de espécies e a completa inutilização da água são algumas das consequências dessa degradação.
Regiões que antes não sofriam ameaças de inundação, agora já vivenciam esse problema. A ampla e desenfreada retirada de areia causou o assoreamento do leito, deixando-o mais nivelado e mais suscetível a transbordos.
Na tentativa de reduzir as agressões ao rio e lençóis freáticos, uma solução mais permanente é a gestão correta de resíduos por parte dos municípios.
CTR
Seguindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos está sendo construída uma Central de Tratamento de Resíduos (CTR) em Limoeiro do Norte, município do Vale do Jaguaribe.
O equipamento deverá atender a 13 municípios da região.
De acordo com especialistas no tema, a diminuição da geração e da disposição inadequada de resíduos no âmbito da Bacia (do Jaguaribe) irá reduzir a poluição dos recursos hídricos.
As Prefeituras da região alegam, no entanto, não disporem de recursos suficientes para viabilizar essa gestão.