Parlamentares da oposição usaram a tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) nesta terça-feira, 31, para cobrar explicações sobre as declarações do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT).
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Durante participação na convenção estadual do PSDB na segunda-feira, 30, o pedetista afirmou que, atualmente, “não se realiza uma obra pública sequer sem pagar propina” no Estado.
O discussão teve início com o deputado Sargento Reginauro (União Brasil), que afirmou que as falas de Ciro precisam ser esclarecidas.
Na avaliação do líder do União Brasil na Alece, o governador Elmano de Freitas (PT) já deveria ter vindo a público para se pronunciar sobre o que foi falado pelo ex-ministro.
“É uma figura pública. Ex-governador, ex-ministro que, inclusive, esteve ligado a esse mesmo grupo durante anos. Essa Casa silenciar diante da gravidade de uma acusação dessa, é sério”, afirmou.
Sargento Reginauro falou que, mais uma vez, vai elaborar um requerimento para convidar Ciro a comparecer na Alece e explicar a denúncia. Pedido foi feito em agosto, mas foi negado pela Casa.
Dra. Silvana
A deputada Doutora Silvana (PL) também compartilhou a ideia de que as declarações de Ciro devem ser ouvidas.
“Não dá pra desconsiderar, dizer que ele disse só uma baboseira qualquer”, afirmou.
A parlamentar ressaltou que é preciso investigar as falas do pedetista e, caso não sejam verdadeiras, ele precisa ser “incriminado pelo que disse”.
A líder do PL na Alece acrescentou que vai elaborar um requerimento para oficiar ao Ministério Público do Ceará (MPCE) para que seja investigado o teor das declarações.
Réplica
Em resposta, o deputado Guilherme Sampaio (PT) considerou as declarações de Ciro “absolutamente caluniosas e irresponsáveis”.
Na avaliação do petista, ex-presidenciável está descredibilizando a sua trajetória política.
“Primeiro, a gente fica muito triste com alguém que já foi o que foi, ter esse tipo de postura. Segundo, quem é que dá bola ainda para que o ex-tudo e ex-quase presidente (Ciro) diz?”, questionou o parlamentar.
Apesar do teor das acusações, Ciro Gomes não especificou ou apresentou provas sobre as supostas irregularidades. “Quem quiser investigar, é fácil”, enfatizou.
