Marcadas para este domingo (19), as eleições presidenciais na Argentina colocaram o país vizinho em uma encruzilhada.
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Numa das disputas mais apertadas dos últimos tempos, o peronista Sergio Massa, vencedor do primeiro turno, enfrenta o ultraliberal Javier Milei.
O peronismo tem características assemelhadas ao lulopetismo. Ambos são personalistas, populistas, assistencialistas, estatistas e outros “istas”. Por óbvio, Lula torce por Massa.
Milei é uma espécie de Bolsonaro deles e já chamou o presidente brasileiro de “ladrão”, “presidiário” e “comunista”.
Há denúncias sem provas de fraude eleitoral, acirramento nas ruas e confusão nos atos finais da campanha. O cenário chega a lembrar o Brasil, em 2022.
Empatados tecnicamente, segundo todas as últimas pesquisas, Milei e Massa disputam o comando de uma Argentina à beira da falência.
Há mais de dez anos, o país piorou – e muito -, todos os fundamentos macroeconômicos. A grave crise vai da inflação e juros nas alturas a forte desvalorização cambial e ausência de reservas. As exportações despencaram.
Os níveis de pobreza argentinos sobem ano a ano, mesmo os governos gastando mais do que arrecada, como mostra o gigantesco déficit fiscal.
O pleito tem muita aderência ao cenário político brasileiro. Dependendo do resultado, poderá abrir uma larga avenida nas relações da Casa Rosada com o Palácio do Planalto ou ser uma pedra a mais no caminho do governo Lula.