A olho nu, a rejeição, pelo Palácio do Planalto, ao projeto de lei que alivia o peso fiscal à folha de pagamento, parece um erro político.
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Para além dos 17 setores que seriam beneficiados, o mercado reagiu muito mal ao veto do presidente Lula.
No Congresso, há barricadas contra a decisão do petista. Há perspectiva de derrubada.
Nesta quarta-feira, 29, Lula falou, publicamente, sobre o assunto.
Em síntese, afirmou que não vê motivo para sancionar um projeto que beneficia empresas, sem nenhum tipo de reciprocidade aos trabalhadores.
Não há, no texto aprovado pelo Congresso e vetado por Lula, trecho que diga, concretamente, que tipo de benefício chegará lá na ponta.
É muito vago associar, simplesmente, desoneração da folha a mais emprego, melhores salários, investimentos etc e tal.
Pesquisas sérias, nesse sentido, são inconclusivas.
Na maioria das vezes, benefícios fiscais vão para a margem de ganho das empresas e outros ativos.
Por essas e outras, o presidente tem razão no veto.
Não faz sentido mais um puxadinho fiscal, em detrimento das demais áreas.
Isso mesmo. Alguém – no caso, os demais – sempre pagam a conta de tais benefícios.
O ministro Fernando Haddad (Fazenda, PT), ficou de apresentar uma contraproposta aos parlamentares.
Vamos aguardar.