

Membros da elite do parlamento brasileiro, congressistas costumam ter amargas surpresas nas urnas, quando chega a hora de prestar contas com o dileto eleitor.
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Distanciamentos – entre eles, o geográfico –, da base eleitoral, estão entre os motivos.
No exercício do mandato, deputados federais e senadores costumam olhar o Brasil, seu estado e cidade, a partir de Brasília.
Já foi dito que a Capital Federal é o pior lugar de onde se deve fazer esse tipo de contemplação.

Procede. No centro dos holofotes nacionais, alguns são personagens de notícias quase todos os dias; outros, acessam ministros com um simples telefonema ou mensagem de texto.
Cercados por assessores, muitos têm quase tudo ao tempo e na hora. Os melhores restaurantes são quase uma rotina.
Deslocamentos, hospedagens e outras mordomias são bancados pelo Poder.
Não é fácil resistir. Pelo contrário. Adaptar-se ao padrão brasiliense é questão de dias ou semanas.
Não é raro, inclusive, o clássico deslumbre com o cheiro do poder no Planalto Central.
Onipresente em redes sociais – às vezes, de forma terceirizada –, a maioria acredita que a conexão com o eleitor vai durar por décadas.
Para vários, entretanto, isso vai só até o dia em que descobrem, da pior forma, que o “risco” Brasília sempre exigiu muito mais de sua comunicação política.