

O Partido dos Trabalhadores vem do pior resultado eleitoral municipal dos últimos vinte anos.
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Em 2020, a sigla conseguiu eleger, em todo o Brasil, somente 183 gestores locais – nenhum nas 26 capitais.
Em 2016, foram 254; em 2012, foi o auge: 638. Quatro anos antes (2008) foram 558 e, em 2004, 409.
Fundo do poço para o PT, as eleições de 2020 aconteceram no vácuo do impeachemt de Dilma Rousseff e da prisão de Lula.
Volta por cima
Agora, para 2024, o PT planeja consolidar a volta por cima, disputando o máximo de municípios e filiando prefeitos.
Da lista de 183 prefeitos eleitos em 2020, o PT já se aproxima de 250 filiados – um aumento de quase 70 nomes.
Na contabilidade já estão gestores que entraram em 2023, depois que Lula foi eleito, e os que continuam se filiando.
O próximo lote chega neste domingo, 17, no Ceará, quando oito políticos estrearão nas fileiras do partido.

Governadores
Mas não é somente o “efeito Lula” que explica a fila indiana de chefes de Executivo entrando no PT.
Grande parte dessa atração também está nos governos estaduais – particularmente, no Nordeste. Vejamos.
Das quase sete dezenas de prefeitos novos do PT, a maioria está nos estados do Ceará, Piauí e Bahia.
E o que estes estados têm em comum? Todos são comandados por governadores do PT.
Mesmo número
Uma das explicações pode ser a soma, em Brasília, de influências políticas locais e regionais.
Deve ser muito mais fácil acessar órgãos federais ao lado de um governador do PT do que de um partido aliado.
O mesmo raciocínio serve para o tratamento de gestores locais pelos governos estaduais.
Há, também, o alinhamento político, propriamente – de olho nas eleições do ano que vem.
A maioria dos prefeitos neopetistas quer ser reeleita ou fazer o sucessor.
Nesse caso, pode funcionar muito bem ser do partido do governador e do presidente.
Até o número, na hora de votar, será o mesmo.