A proporção da população cearense que se identifica como preta, parda ou indígena aumentou entre os Censos Demográficos de 2010 e 2022. A pesquisa ainda revelou que 64,7% dos cearenses se declararam pardos.
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Os dados relativos à identificação étnico-racial da população brasileira foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, 22.
O maior aumento ocorreu na população que se identifica como indígena segundo o quesito raça ou cor. Nesse caso, o percentual passou de 0,2% da população cearense (19.336) para 0,5% (39.982).
Em seguida, aparecem as pessoas que se declaram pretas, cujo número aumentou em 51,7%. Em 2010, essa parcela correspondia a 4,6% (392.733) da população do Ceará e passou para 6,8% (595.694) no levantamento seguinte.
Já entre os pardos, que nos dois anos corresponderam à maioria da população cearense, a variação do número de pessoas foi mais discreta, de 8,8%.
Considerando o percentual dessa categoria na população geral do Estado, esse grupo passou de 61,9% (5.230.214 pessoas) em 2010 para 64,7% (5.690.973 pessoas) em 2022.
No mesmo período, analisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve redução no percentual da população autodeclarada branca e amarela, seguindo a tendência nacional.
Nesse caso, hoube redução de 9,2% nas pessoas que se declara branca no Ceará, passando de 32% dos residentes (2.704.732) para 27,9% (2.456.214) entre 2010 e 2022.
Raça e cor
Aqueles que se declararam de raça ou cor amarela representavam 1,2% dos cearenses (105.307) em 2010 e no levantamento mais recente passaram para 0,1% (11.256).
Para essas pessoas, além de perguntar a raça ou cor com que se identificam, o IBGE apresentou uma mensagem de confirmação.
Foi explicado que são considerados de raça ou cor amarela as pessoas de origem japonesa, chinesa ou coreana.
Segundo o IBGE, a redução da população amarela em todo o Brasil, que retomou patamares próximos aos encontrados nos censos de 1991 e 2000, atesta a efetividade da mensagem de confirmação para o informante.